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Redes sociais: avanço ou retrocesso na qualidade de vida?

Por Luís Pissaia

Acordar, abrir os olhos, desligar o despertador e checar o Whatsapp, Instagram, Snapchat, Facebook, e-mail. Essa é a rotina de uma população crescente na sociedade contemporânea. As redes sociais atraem milhares de adeptos todos os dias e as discussões sobre o impacto gerado na qualidade de vida dos usuários dividem os especialistas.



Para iniciar as discussões é importante destacar que as redes sociais provocaram uma revolução em termos de comunicação humana. A distância entre as pessoas pode ser facilmente ultrapassada por meio de ferramentas da internet, fato que anula as barreiras geográficas e ilumina novas maneiras de comunicar ideias ao mundo.


A interação social favorecida pelas ferramentas da internet gera a oportunidade de vincular indivíduos de diferentes espaços geográficos do mundo, aproximando e segmentando as informações. A rede social deve ser pensada como um espaço em que os grupos populacionais subdividem-se em contextos similares, pontos de aproximação que criam a “rede” ou ponte entre si.


Dessa forma, a aproximação das pessoas é considerada positiva por estender experiências únicas e a possibilidade de criar laços entre ideias e o compartilhamento de diferentes culturas. O movimento de interação entre a população é alavancada pela disseminação de aparelhos eletrônicos e na facilidade de acesso à internet, quebrando paradigmas e auxiliando na construção das relações.



Contudo, há também o cenário negativo em que os usuários das redes sociais desenvolvem algum tipo de sofrimento relativo ao uso exacerbado das funções disponíveis nesse meio. O sofrimento relacionado às redes sociais está diretamente ligado ao uso inadequado das ferramentas e da própria rede social enquanto espaço de relacionamento.


São inúmeros os exemplos de pessoas com dificuldades no sono devido a exposição luminosa do aparelho celular ou demais dispositivos relacionados à informática. Da mesma forma, a perda do senso de realidade quanto ao meio digital colabora para a comparação entre as culturas e hábitos de vida, gerando insatisfação com a própria vida. O tempo de uso também é um fator preocupante quando não atentado para a qualidade das interações sociais paralelas, com a família, amigos e a comunidade.


Assim, quando pensamos em qualidade de vida relacionada às redes sociais, várias discussões vêm à tona e ganham espaço em meio à disponibilidade de recursos e formatos de comunicação. De forma geral, a qualidade de vida pode ser pensada como um grande agrupamento de fatores que delineiam o ser humano, desde o acesso aos serviços de saúde, relacionamentos, espiritualidade, dentre outras, fatos expostos na vida digital e que podem facilmente gerar o sentimento de competição ou cobrança com as possibilidades individuais.


É difícil mensurar o impacto das redes sociais na qualidade de vida de um indivíduo, pois o comportamento bem como os recursos virtuais varia rapidamente. Dessa forma, as informações que possuímos são retratos de um momento, fato que pode ser alterado rapidamente, ocasionando impactos tanto negativos quanto positivos, ou ambos mutuamente. A orientação é de que as redes sociais devem ser utilizadas conscientemente e possuindo objetivos claros, dessa forma os fatores de risco diminuem drasticamente.


Sobre o autor - *Enf. Me. Luís Felipe Pissaia  - COREN/RS 498541

Mestre e Doutorando em Ensino

Especialista em Gestão e Auditoria em Serviços da Saúde

Docente Universidade do Vale do Taquari - Univates 

Enfermeiro de Rel. Empresariais - Marketing e Relacionamento Unimed VTRP

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