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Os crushs - Por Vanessa Campos


Não poderia não faltar com vocês sobre esse assunto. Embora seja um tanto limitada tecnologicamente. Não sou muito evoluída- ninguém é perfeito. Faço uso limitado das redes sociais. O twitter, por exemplo, não tenho e não sei para que serve. Não consegui entender. Gosto do Instagram.


Cheio de fotos e coisas novas. Um mundo de possibilidades. Uma delícia. Tem de tudo, muito!


E os aplicativos de relacionamento? Qual minha opinião? Happn, Tinder, Par perfeito. Sou 110% a favor. Acho uma ferramenta interessante. Se tu for olhar assim a grosso modo parece meio dantesco. Um cardápio de pessoas passando. Suas fotos, descrições físicas e comportamentais. Já vi de tudo. Mesmo! Coisas engraçadas. Outras chocantes. Ousadas. Meigas. Alguns com objetivos bem definidos. Se acha de tudo. Parece um cardápio de restaurante com foto do que é oferecido. A primeira que vez vi me senti meio estranha. Depois acostuma- como tudo na vida. Sempre digo que para achar algo que “preste” tem que garimpar.


Vão muitos likes, conversa furada até encontrar alguém que realmente te interesse. É a forma moderna de encontrar pessoas. Meu argumento é sempre o mesmo- como alguém que não sai, trabalha um monte, tem varias tarefas e responsabilidades vai conhecer pessoas novas? Por que não tentar? Fica fácil. Ao final do dia... vai lá...abre o aplicativo olha daqui, olha dali e dá os likes que quiser ou não dá nenhum. Numa festa, por exemplo, as pessoas “ficam” – essa termologia deve ser ultrapassada, mas não tenho outra. Se beijam e pouco conversam. Podem até mentir o nome, o estado civil, tudo na real. No aplicativo têm mais chances de aprofundar os assuntos. Saber os gostos, o que a pessoa pensa. Como escreve... enfim – embora seja pela internet, por um lado é mais garantido. Óbvio que tem os “fakes”... mentirosos... Mas isso tem em tudo quanto é lugar.


Certa vez eu achei demais, havia um grupo de mulheres, com seus 20 e poucos anos, todas rindo e excitadas. Daí ouvi: “ele tá aqui no aplicativo!!! Vou dar like.” Gritinhos de alegria porque tinha dado o crush, match. Ou seja, o cara também tinha gostado dela. E quando os dois se curtem abre uma janela para ter uma conversa: bate-papo. Fiquei só observando. Os dois se olhando. Começaram a se mandar mensagem pelo aplicativo e por fim ele sentou na mesa dela.


Já não se escreve um bilhete num guardanapo e o garçom vai entregar. Está obsoleto. E qual o problema disso? Não vejo nenhum. Temos que nos atualizar. Não importa a idade. Preferência. Nos transformamos em tecnológicos. Quando foi a última carta escrita que tu mandou? Foi lá no correio, colocou num envelope, selo.


Eu tinha uma amiga em Curitiba que nos correspondíamos por carta- há quase 30 anos atrás. Eu mandava... esperava uma semana ...ela me respondia e nos falávamos assim... Com uma semana de diferença. Pensem... Sete dias de coisas acontecendo?! A carta já ia chegar desatualizada. A vida hoje é rápida. Uma semana é uma eternidade. O tempo voa... perdemos o glamour no passado, mas ganhamos outras tantas facilidades. A vida é assim, uma constante roleta... sempre em movimento.

Um beijo grande.

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