Por Luis Pissaia*
Escrevo em um momento de crise, e diferente de muitas crises principalmente econômicas e políticas que passamos nos últimos anos, essa é denominada como sanitária. Uma crise sanitária é caracterizada pela disseminação de determinado agente danoso para a saúde humana e cuja transmissão seja facilitada, o que contribui para os diferentes níveis de abrangência social.
Na história da humanidade várias foram as crises sanitárias, dentre as que assolaram o Brasil, destaco a peste bubônica, a febre amarela e a varíola, sendo que esta última ocasionou a famosa Revolta da Vacina em 1904 no Rio de Janeiro. Contudo, as epidemias dos séculos passados não contavam com a disseminação dos agentes patógenos por uma população extremamente globalizada e que circula pelo globo com crescente frequência.
A atual crise sanitária é causada pelo “novo” Coronavírus, chamado de Covid-19 que teve a sua origem registrada em dezembro de 2019 na China, provocando inúmeras mortes e deixando os demais países em alerta. Já no início do ano a disseminação do vírus pelos continentes alavancou a classificou da situação como uma pandemia, ou seja, em pouco tempo o patógeno encontrava-se amplamente difundido entre a população mundial.
Atualmente no Brasil, o vírus apresenta transmissão comunitária e demonstra sinais de crescimento exponencial no número de casos confirmados e óbitos. O principal problema oriundo dessa pandemia, além da alta taxa de transmissibilidade entre humanos, é a concentração de casos graves na população idosa e crônica, trazendo consigo um agravo no estado de saúde geral do indivíduo e potencial letalidade.
Além dos agravos na saúde, os indivíduos afetados com a forma grave da doença necessitam de internação prolongada em Unidade de Terapia Intensiva, (UTI) que contam com o apoio de aparelhos para auxiliar na respiração e de uma equipe preparada para esse tipo de caso. Mas, conforme projeções estatísticas realizadas tendo como base as taxas de transmissão do vírus em outros países, se a população brasileira não tomar as medidas necessárias para o controle da infecção, não haverá leitos de UTI suficientes para atender aos doentes em estado grave.
Sendo assim, a principal medida de controle do Covid-19 é se manter em casa. O isolamento diminui a exposição dos indivíduos para situações de risco que potencialmente transmitem a doença. Lembrando que a principal forma de transmissão é o contato entre as pessoas, seja pelo toque e aperto de mão, até objetos contaminados com secreções respiratórias de tosse e espirro que propiciam a entrada do vírus no organismo por meio das mucosas da boca, nariz ou olhos.
Desta forma, manter o isolamento é a solução temporária para o controle da disseminação do vírus na nossa sociedade. Tomando alguns cuidados simples de higiene, como a lavagem das mãos, você estará protegendo a sua saúde e de muitas outras pessoas da sua comunidade.
A conscientização da sociedade é a base para fortalecer o combate à pandemia. O seu engajamento, caro leitor, faz toda a diferença para contermos esse cenário de crise que assola o país.
A força é necessária para mantermos as orientações vívidas em nossa mente, protegendo as pessoas dos grupos de risco e facilitando o trabalho dos profissionais da saúde, os quais estão trabalhando diretamente no cuidado e manutenção da saúde da população. A união da sociedade é imprescindível nesse momento.
A força de cada um é testada e faz a diferença para sairmos dessa crise.
Qual é a sua força para combater a crise? Venha unir a sua força com a minha e a de outras tantas necessárias para proteger a sociedade brasileira.
Sobre o autor:
*Enf. Me. Luís Felipe Pissaia
COREN/RS 498541
Mestre e Doutorando em Ensino
Especialista em Gestão e Auditoria em Serviços da Saúde
Docente Universidade do Vale do Taquari - Univates
Enfermeiro de Rel. Empresariais - Marketing e Relacionamento Unimed VTRP
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