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Dia das Mães


Teria vários assuntos para compartilhar com vocês. Mas a semana merece o assunto de hoje: Dia das Mães. Acho justo ter um dia oficial que os filhos possam retribuir todo o amor que, nós mães, doamos a essas lindas criaturas.


Meu projeto ser mãe surgiu na infância. Eu não tinha o sonho de casar na igreja, de ser famosa ou seja lá quais fossem. O meu maior sonho de todos era ser mãe. E queria ser de uma menina. Então o universo me presenteou!

Tem pessoas que se tornam mães antes do nascimento – eu fui uma delas. Grávida me achei a mulher mais linda e sexy do universo. Me sentia empoderada, plena com um ser crescendo dentro de mim. Já me sentia mãe, mas foi quando tive minha filha nos meus braços que tudo mudou. O mundo ao meu redor congelou, como se ficasse em câmera lenta. Não havia sons...a única coisa eu podia sentir era o peso e o calor do seu corpo. Foi ali que entendi que aquele serzinho rosado e pequenino seria o ser mais importante do planeta. Por ela eu faria qualquer coisa. Então foi amor à primeira vista. E vem sendo...As coisas não saíram como eu esperava. Algumas contingências da vida mudaram o rumo da mesma. O que é normal né ?! Passamos por vários momentos difíceis, tivemos muitas situações delicadas e soubemos usar de nosso amor e nossa sabedoria para consolidar a nossa história.


Uma relação de mãe e filha é como outra qualquer, é preciso cuidar dela. Ter respeito, parceira, transparência, amor - ir construindo. A base de tudo é fundamental - tem q ser sólida , firme, coerente e lúcida.


Não adianta construir um castelo numa areia movediça ele vai ruir. O sucesso vai depender de uma série de fatores- individuais, familiares, sociais- sofre interferência direta ou indiretamente de todas as áreas da nossa vida. Obviamente errei como mãe, não sou perfeita, quisera eu ser- tento aprender com meus erros para,na próxima vez,ser um erro novo pelo menos (hehehe).

Minha filha, hoje uma adolescente, se tornou minha parceira. Não deixei de ser sua mãe, chata às vezes,neurótica em outras, mas somos uma grande dupla! Temos longas conversas, algumas divertidas, outras tensas, outras somente compartilhamos nossos desejos, medos, angústias, planos. Acho que a chave da sabedoria de uma relação é o dialogo sincero e livre. Somos diferentes, eu não quero que ela seja eu, porque ela tem o jeito dela e é assim que tem que ser.


Não quero que ela tenha a profissão que eu quero. Ela tem que ter a vida que faz sentido para ela. Estarei ali ao seu lado orientando, pensando e aprendendo juntas. Porque um filho nos ensina todos os dias a sermos melhores, não só como mães, mas como seres humanos.

Nós mulheres temos tantas facetas: profissional, filha, mulher, amiga. De longe a minha melhor versão de todas é a “Vanessa – Mãe”. Embora tenha minhas falhas é nessa versão que sinto que posso dar o meu melhor na sua integralidade para a pessoa que mais amo nesse mundo. Penso que a maternidade é tipo chocolate meio amargo.


Tem as duas sensações, porque nem tudo são flores. Existe uma preocupação, um cuidado, os momentos difíceis, as angústias,as divergências mas todo esse amargo desaparece quando tu sente o doce - o amor, o sorriso, as conquistas. É lindo ver um ser humano crescer, se descobrir e tu estar ali atrás de tudo. Observando de camarote. Quero que ela voe longe, vou estar sempre de braços abertos esperando ela voltar.

Isso eu não sabia que ia ser assim. Não tinha ideia do quanto ia me realizar em ver minha filha feliz! De quanto amor tenho no peito. Eu vejo relações entre mãe e filhos difíceis. Tem vezes que por alguns acontecimentos, mágoas , por temperamentos parecidos ou até opostos as pessoas se distanciam. Meu conselho: perdoe! Lute por essa relação, dê o seu melhor. Faça algo para mudar esse cenário. Por ti e pelo outro! Nunca é tarde para recomeçar.

Um beijo a todas as mães, filhos, futuras mães e as mães que infelizmente não estão mais aqui conosco.

Vanessa Campos





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