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"A Bunda Alheia" - Por Vanessa Campos

Fico impressionada como demoramos para entender determinadas coisas da vida. Há 30 anos observo um fenômeno que não conseguia entender porquê acontecia. Situação essa que acontece na maior parte das vezes com os homens, mas não quer dizer não existam mulheres com essa atitude. Desde meus 12 anos venho observando e tentando entender o comportamento humano. E só agora semana passada entendi o que acontece.



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O fenômeno é o seguinte: o homem- nunca vi uma mulher fazer isso- pode ser que façam- mas as mulheres são mais discretas- ou eram, mas isso é outro assunto, para outro dia. Então o homem está na rua caminhando, de repente passa uma mulher por ele. É nítido quando um homem acha determinada mulher interessante, atraente, ou seja, lá o adjetivo que iremos usar. Ele encarra a mulher fixamente...acredito que nem pisquem, acredito que as pupilas dilatam tanto que se a natureza não fosse sábia os olhos saltavam fora. Enfim... quando ela passa por ele fica olhando deliberadamente para a bunda dela. E dá aquela virada para trás. Como se fizesse um raio X da mulher, mais especificamente: o assunto de hoje- da bunda alheia. Nossa como me irritava ver essa cena. Quando via sentia um desconforto inacreditável. Quando era comigo que acontecia então, ficava me sentindo ofendida e até agredida.


Por que era necessário olhar para a bunda da mulher quando ela passa? Já não deu para ver de frente? Qual a demanda? Poxa! Qual é? Pasmem entendi! Só conseguimos entender determinadas situações quando elas acontecem com a gente. E pasmem! Confesso que fiz isso! Sim juro pelo que é mais sagrado nessa vida. Me virei! “Sequei “! Comi com os olhos! Depois desse dia entendi a motivação desse fenômeno.


Calma! Não estou olhando as bundas pela rua...já estão pensando que era isso! Na verdade, é mais ou menos. Vou me explicar agora antes que complique minha situação. Não sou uma pessoa que admire carros, para mim o carro tem que ter conforto, ser prático e principalmente não gastar muita gasolina e nem dar muita manutenção. Ate que eu vi O CARRO. Nossa! Meu Deus! Quem projetou aquele carro o fez para mim. E cada vez que nos cruzamos...eu o vejo de frente...ele vindo...e, chega a ser engraçado, mas como que um impulso não consigo não olhar a traseira dele. Hehehe. Sensacional. É mais forte que eu. Quase um reflexo. Quase não, é algo mais forte, involuntário. Outro dia ele passou por mim...pensei: “não olha! Esta no meio desse bairro chique. Vai ficar chato”. Eu parada na sinaleira. Ele passou e eu “PÁ” nele. Fulminei! Nem sei quem dirigia. Nunca nem vi. E o pior de tudo, o mais bizarro é que meu fascínio é pela traseira dele. Ela é empinada. Meio para cima, grande, robusta, potente.


Como um clarão no meio das sombras entendi o porquê os homens, na maior parte deles, viram quando passa uma “bunda alheia “considerada atrativa. Na verdade, esse fenômeno fez todo o sentido se chama: desejo. Tesão. Vontade de ter aquele objeto. Possuir para si! Algo tão forte que nem os mecanismos mais profundos de repreensão são capazes de deixar esse desejo escondido no íntimo de cada um. Alguns conseguem ser mais discretos quanto aos seus desejos e objetos de fascínio. Outros não tem a mesma sorte ou azar!


Viva os desejos...as viradas! A maturidade de poder achar graça das coisas tão peculiares da vida!

Um grande beijo, até semana que vem.

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