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E você segue seu coração?


O que você pretende fazer da sua vida para que ela faça a diferença? Não é somente ter filhos e netos, mas do exemplo que deixará para eles. A filosofia da vida que criará para evitar uma vida medíocre.


você segue seu coração? texto vagner oliveira
Google Images

Quando falamos de “coração” pensamos em sentimento e emoção, e relacionamos com uma habilidade de resposta mais próxima do que sentimos ser “nós mesmos”. Apesar de podermos pensar que guiamos nossa vida a partir do nosso processo de pensamento, esse não é o caso. Se examinarmos a questão mais de perto, descobriremos que são nossos sentimentos que guiam nossa vida e os pensamentos dependem destes sentimentos.


Hoje em dia muito se fala sobre a importância de seguir o seu coração. Mas, você já parou para pensar o que isso realmente quer dizer?


Seguir o coração ao contrário do se imagina não significa ser mole ou emotivo. Seguir o coração significa descobrir sua essência e demanda uma grande dose de autoconhecimento. Seguir o coração não é uma alusão romântica apresentada nos minutos finais dos filmes de cinema, mas um ato de descoberta e coragem que exige muita dedicação. Vivemos em um mundo que instiga a usarmos cada vez mais nossos potenciais intelectuais, a racionalidade nunca foi tão valorizada como nos dias atuais.


Vivemos praticamente boa parte do tempo em nosso lado racional: pensamos, planejamos, organizamos nosso cotidiano ou revivemos, relembramos fatos de nosso passado.

E seguir o coração não é algo exato, fácil, e talvez no momento que seguir não entenderá, só no futuro. Sempre digo que se seguir teus sentimentos mais fortes, o coração, no final deve ter alguma resposta.


Nossa personalidade é formada por uma soma de personagens e máscaras. No dia-a-dia representamos os nossos papéis no teatro da vida. O jeito que somos em casa não é o mesmo que somos no trabalho. E no churrasco com os amigos também não somos do mesmo jeito na empresa conversando com o patrão. Desempenhamos um papel diferente para cada momento da nossa vida. São as nossas máscaras sociais, os diferentes papéis, os personagens do nosso cotidiano.


Tentamos explicar nossas atitudes, entender os fatos da vida, controlar os acontecimentos futuros. E algumas vezes, estamos tão envolvidos com esse trabalho mental, com o ser que pensa, que acabamos por esquecer um aspecto primordial em nós: o sentimento.


Isso porque, o nosso “sentir” abre as portas de nossa percepção, ou seja, a forma como percebemos a vida, as pessoas, o mundo ao nosso redor e o nosso mundo interior. Com o nosso “sentir” podemos acessar a verdade em todas as coisas e pessoas: a essência de tudo o que nos rodeia.


Por meio do que sentimos é possível eliminar nossas ilusões, nossas contradições, nossos autoenganos. Justamente porque enquanto nossa parte racional pensa, analisa, julga, a parte que “sente” todas as coisas e pessoas vai para muito além das aparências, mergulhando no que é mais profundo e verdadeiro. Por isso algumas pessoas dizem: “o coração conhece a verdade” ou “siga o seu coração”. Porém seguir o seu coração só é possível quando você presta atenção ao que sente em cada momento, em cada situação.


E não está errado sofrer após seguir o coração, pois ele mesmo nenhum momento lhe deu sinais de que seria fácil...


O sentimento é a comunicação interna da alma de cada pessoa que sussurra de forma particular a cada um de nós nos mostrando sempre o melhor a fazer e qual o caminho a seguir. Muito acima das ilusões e fantasias do mundo, a alma ou, se preferir, sua essência sabe o que lhe fará feliz ou o que lhe fará infeliz muito antes mesmo de a mente conseguir formular um pensamento.


Podemos imaginar que o nosso “sentir” funcione como um “sensor” ou uma “bússola” interna que nos guia com segurança em nosso caminhar pela vida. E quando nos afastamos desse “sensor” podemos estar criando as condições ideais para o que o sofrimento entre em nossas vidas.

Talvez, você se pergunte: Mas, como parar a mente para conseguir a quietude interior necessária para ouvir o meu coração?


Esse pode ser o maior desafio ou obstáculo encontrado por aqueles que desejam seguir seu coração: a mente. Não exatamente a mente em si, mas uma intensa atividade mental pode realmente diminuir os momentos de silencio interior tão necessário para conseguirmos identificar nossos sentimentos.


Porém, existem algumas técnicas simples capazes de serenar a nossa mente possibilitando o acesso aos nossos sentimentos. Entre elas, a terapia, possibilita além do acesso a conteúdos inconscientes, uma forma de silenciar a mente e trazer para a consciência nossos sentimentos mais profundos.

Quando conseguimos perceber nossos sentimentos ou, em outras palavras, ouvimos a voz de nosso coração, seguindo seus direcionamentos conquistamos um estado de paz e um grande equilíbrio interior.


Não siga exemplos, siga seu coração e seja um exemplo! E acima de tudo, seja FELIZ!




*Vagner Oliveira - Advogado

Especialista em Direito Homoafetivo

Pós-Graduado em Processo Civil

Instagram: @eu.vagner

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