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Construindo carreiras: 2 regras que todo modelo deve saber

Tudo muda o tempo todo no mundo! Já cantava Lulu Santos há mais de três décadas, em um dos maiores sucessos da música brasileira. E é a mais pura verdade.


Crédito: Wix Imagens

A vida é feita de fases! As transformações acontecem sempre, às vezes para melhor, outras para pior. E no mundo da moda não é diferente. Nos últimos anos, muita coisa mudou! Ah, e como mudou!


Apesar das diversas transformações que estamos acompanhamos no cenário fashion, como, por exemplo, espaço para padrões de beleza “fora do padrão”, existem duas regras básicas que nunca vão mandar, e devem ser seguidas por quem deseja entrar no ramo e ser bem-sucedido.


A primeira delas é “seja uma folha em branco”!


Quando pegamos uma revista de moda para ler e folheamos as páginas, uma das coisas que mais chama a atenção nos editorias e anúncios é a personalidade exibida pelo modelo, que ganha evidência na expressão corporal e facial.


Contudo, é importante saber que a persona que se vê nas fotos, cheia de glamour e histórias a contar, assim como um artista de novela, teatro ou filme, é incorporada.


Para cada trabalho realizado, diferentes personalidades são “exigidas”. Para conseguir criar essa variedade de personagens para diferentes clientes, o modelo precisa ser neutro, como uma folha em branco, ou, como alguns bookers gostam de dizer no backstage: uma tela em branco.


Mas não confunda essa característica com ser uma pessoa “sem graça”. Bem pelo contrário! É preciso ter personalidade no mundo da moda, ser você mesmo. No entanto, é fundamental também ter a capacidade de se deixar moldar para o trabalho, de acordo com a mensagem que o cliente deseja passar. Durante a escolha do casting, o contratante precisa enxergar seus produtos sendo apresentados através da imagem do modelo, e, consequentemente, vendidos.


Mas, como tudo na moda tem movimento, assim como é necessário saber ser flexível, é preciso também saber usar o “outro lado da folha”, seja como modelo ou influenciador. Ter uma personalidade marcante pode fazer com que os clientes te escolham por entender que a marca e os produtos se identificam com a sua personalidade.


Mas, para chegar a esse estágio, é preciso muita dedicação. Afinal, não é nada fácil para o cliente se curvar as ideias do modelo. O normal é que aconteça o contrário.


Quando um modelo é iniciante, precisa ser mais neutro e deixar-se ser lapidado. Até criar a sua identidade no mercado. Quando chega a um patamar superior, no qual sua imagem influencia pessoas, ele começa a ganhar liberdade para criar e inovar durante os trabalhos. Por isso, quando você chegar a esse nível, sinta bastante orgulho de si, pois estará ditando tendências também.


A segunda, e não menos importante: escute o mestre!


Ninguém nasce sabendo! Para aprender, é preciso saber escutar quem detém o conhecimento, o “mestre”! Mas, e quem é o mestre no mundo da moda? Ele pode ser o booker, o scouter, o preparador ou outro profissional da agência. Se você quer ser bem-sucedido, siga cada conselho que ele te der. Escute-o, sempre!


Trabalhando há mais de 20 anos na moda, descobrindo, cuidando e lançando modelos para todo o mundo, sei o quanto somos essências na vida dos modelos. Nosso papel foi, e é, muito importante para construir carreiras sólidas, consolidando nomes que deixam sua marca no cenário fashion.


Na maioria das vezes, o profissional começa a modelar cedo, ainda bem jovem. Em alguns casos, acabamos fazendo até o papel de pai e mãe. Damos conselhos duros, mas necessários, para mostrar o caminho correto a seguir e como ter sucesso.


Quando um “mestre” sinalizar dizendo: “Não se atrase mais nos trabalhos”, “Não tenha tal atitude”, “Cuide do seu corpo de forma saudável”, é preciso saber receber as indicações, focar nos objetivos e melhorar.


Essas duas regrinhas podem parecer óbvias em um primeiro momento. Mas, acredite, não são! Há muitos modelos que não aceitam as dicas recebidas. Não seja um deles, pois o resultado, geralmente, é o mesmo: carreira de curta duração.


Fabiano Biazon

Especialista na gestão de carreiras de modelos para o mercado internacional, com mais de duas décadas de experiência no segmento. Por mais de 10 anos, juntamente com Mateus Ahlert, liderou a conceituada agência Premier Models.

Foi responsável pela descoberta e preparação de centenas de modelos, como Léo Bruno, ex-empacotador de supermercado em Criciúma, que se tornou estrela de uma das campanhas da Louis Vuitton, e Daniela Sulzbacher, que modelou em Paris, Itália, Nova York e Tóquio.

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