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CONFIANÇA

AQUI, A VIDA VIAJA NA POLTRONA 12A

Você já parou para pensar em quantas vezes por dia você entrega sua vida nas mãos de um desconhecido?


Pode parecer exagero, mas pense bem: quando você entra em um ônibus, embarca em um trem, pede um aplicativo de transporte ou sobe a bordo de um avião, você está confiando sua segurança a alguém que, na maioria das vezes, você nunca viu antes. Ainda assim, você segue viagem — confiante, ou ao menos, esperançoso.


Essa confiança invisível é sustentada por algo muito mais robusto do que um simples “vai dar tudo certo”. Ela é sustentada por sistemas rigorosos de formação, regulação e fiscalização, especialmente no setor da aviação, onde cada decisão tomada a 35 mil pés de altitude carrega vidas e responsabilidades gigantescas.

 

Quem está no cockpit?

O piloto de um voo comercial não é apenas alguém que sabe "dirigir" um avião. Ele é um profissional altamente treinado, avaliado, reavaliado e regulamentado, com um ciclo contínuo de aprendizagem técnica, tomada de decisão sob pressão e, principalmente, responsabilidade sobre vidas humanas.


No Brasil, para se tornar Piloto de Linha Aérea (PLA), é preciso:

  • Possuir pelo menos 1.500 horas de voo, somadas ao longo da carreira.

  • Ser aprovado em provas teóricas complexas aplicadas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

  • Passar por treinamentos práticos em simuladores de voo com cenários adversos (desde pane em sistemas até condições meteorológicas severas).

  • Manter-se recorrentemente apto nos exames médicos de saúde física e mental, incluindo:

  • Avaliação psicológica inicial e periódica, conforme diretrizes de Fatores Humanos.

  • Exames toxicológicos de larga janela de detecção, inclusive aleatórios.

  • Testes oftalmológicos, auditivos e cardiovasculares completos.


Além disso, existe o chamado Treinamento Recorrente, obrigatório para todos os pilotos em atividade, que ocorre a cada 06 meses, com simulações práticas em situações críticas, como incêndio a bordo, perda de motor, despressurização ou pouso de emergência. Se não for aprovado, o piloto não voa. Simples assim!

 

E a empresa aérea?

As companhias aéreas também são auditadas, fiscalizadas e certificadas pelas autoridades nacionais e internacionais. Para transportar passageiros comercialmente, elas precisam cumprir centenas de requisitos técnicos, operacionais e de segurança estabelecidos por órgãos como:

  • ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil (Brasil)

  • ICAO – Organização Internacional da Aviação Civil

  • IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo

 

Elas são obrigadas a manter um Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), rastrear tendências de risco, reportar ocorrências, tratar não conformidades, qualificar seus fornecedores e garantir a capacitação contínua de suas equipes.

 

Confiança não é cega — é construída

É por isso que, quando você fecha o cinto na Poltrona 12A e ouve o som dos motores acelerando na decolagem, há mais do que adrenalina em jogo. Há uma cadeia inteira de controles, pessoas treinadas e sistemas robustos funcionando silenciosamente para que você vá do “Ponto A” ao “Ponto B” com segurança, precisão e profissionalismo.


A confiança, na aviação, não é improviso. É um compromisso diário com a excelência. Ela nasce do rigor técnico, da cultura organizacional voltada à Segurança e do entendimento de que QUEM TRANSPORTA VIDAS, CARREGA O MUNDO DE ALGUÉM NAS MÃOS.


*Felipe Saraiva - Administrador de Empresas

Especialista em Marketing e Responsabilidade Socioambiental

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