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Atividade física no envelhecimento, um reforço necessário

Por Luís Pissaia e Miguel Lucian


O envelhecimento humano é uma fase natural do ciclo vital momento onde o organismo projeta os reflexos da infância, adolescência e idade adulta. O indivíduo com 60 anos ou mais é o resultado dos seus hábitos e da história de vida, tornando-o único e com especificidades que devem ser observadas nesse momento.


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Dentre as modificações que o organismo passa durante o envelhecimento, está a redução da massa muscular, denominada sarcopenia. A sarcopenia deveria ser vista como um problema de saúde coletiva, no entanto permanece distante da mira das políticas públicas e ainda mais distante do conhecimento da população.


Logicamente, isso faz com que prevenção e combate estejam muito aquém do que o problema exige.


O termo sarcopenia tem sua origem no grego – sarx, músculo e penia, perda. É uma patologia considerada por alguns pesquisadores como natural ao processo de envelhecimento. Dessa forma, algum grau de perda muscular é esperado, ao passo que o excesso pode influenciar diretamente na expectativa de vida. “À olhos nus” a sarcopenia pode passar despercebida, pois a tendência natural é suprir a perda muscular com o tecido adiposo, fazendo com que não se perceba uma alteração no peso corporal.


Por si só, a perda muscular causa uma sucessão de danos ao organismo. Vejamos um exemplo hipotético simples: com menos músculo temos menos força e menos capacidade de manutenção da postura corporal, que pode ocasionar danos estruturais e dores que levam o indivíduo a realizar menos atividades e exercícios. Menos movimento e exercício reduzem o gasto energético que pode significar um aumento das reservas de gordura. Um acúmulo maior de gordura corporal, sobretudo nessa faixa etária, eleva consideravelmente os níveis de hipertensão, colesterol e glicemia. Essa gordura começa a se acumular nas paredes das artérias gerando o que chamamos de placas de ateroma, obstruindo gradualmente a passagem do sangue. Então, quanto menor o movimento e maior o acúmulo de gordura, mais sobrecarregado o sistema circulatório que, tem na contração muscular (que gera movimento) uma aliada na difícil missão de levar sangue e nutrientes a todos os órgãos e tecidos. Isso faz com que seja aumentado o risco de doenças coronarianas, bem como os seus agravos: acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio.


Ainda podemos citar outros exemplos do que pode acontecer como consequência da sarcopenia: Um corpo fraco também está mais sujeito a quedas, o que pode levar a lesões e fraturas. Danos estruturais e mecânicos, tais como artroses, artrites e hérnias irão “incomodar” mais, trazer mais limitações e ainda agravar a situação.


Obviamente que essas alterações não acontecem repentinamente e a velocidade do agravo de cada condição correspondem a uma série de fatores, tais como: hereditariedade, histórico de lesões, hábitos, ambiente no qual está inserido, profissão, etc.


A prevenção não é medicamentosa, envolve uma rotina ativa e de boa alimentação. A maior recomendação é buscar, logicamente sob a orientação de um profissional, uma das opções de treinamento de força: musculação, pilates, crossfit e funcional, por exemplo. Afinal quanto mais forte e ativo, mais presente o idoso estará em suas atividades de rotina: sejam elas familiares, profissionais ou de lazer. E é isso o que devemos ter em mente, buscar a manutenção das atividades e fugir das reabilitações.




Miguel Lucian




Texto desenvolvido por Luis Pissaia e o educador físico, personal trainer e coordenador Bioteam Academias e Circuito dos Vales, Miguel Lucian.








 



Sobre o autor - *Enf. Me. Luís Felipe Pissaia  - COREN/RS 498541

Mestre e Doutorando em Ensino

Especialista em Gestão e Auditoria em Serviços da Saúde

Docente Universidade do Vale do Taquari - Univates 

Enfermeiro de Rel. Empresariais - Marketing e Relacionamento Unimed VTRP

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