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A inveja do pênis - Por Vanessa Campos

Sigmund Freud desenvolveu um pedaço de sua obra sobre a “inveja do pênis”. Pênis como objeto fálico, de poder. Significando então todo o lado ativo de cada um. A potência do individuo. Não irei aqui descrever a teoria de Freud, muito menos critica- lá ou analisa- lá. Irei falar para vocês sobre a inveja do pênis sobre o meu prisma.



Nasci mulher, tenho orgulho e adoro ser mulher. Não gostaria de forma alguma ser homem e muito menos tem um pênis. Já pensei muito sobre isso... Não me parece nada atrativo ter o órgão masculino, certamente iria me atrapalhar nos afazeres diários. Sobre o “falo”, o poder descrito por Freud o tenho sem o pênis. Certa vez um paciente veio ao me consultório e conversamos durante a consulta... No final da mesma lhe questionei então como ficaríamos. Ele me olhou e me disse:


Paciente: “não confio em mulher nenhuma, não me trataria com mulher.”

Eu: “é mesmo? Então vou te dizer que sou mais homem que muito homem por ai.”


Nem preciso dizer a vocês a cara de espanto desse sujeito. Foi meu paciente por longos anos até receber alta- ano passado. Acredito que mudou o conceito- tenho certeza! Pois então sobre o “poder do pênis” eu tenho! Sei meu valor. Me sinto completa e sem nenhuma inveja dos pênis alheios.


Ai que vem o tema de hoje: existe sim um momento na minha vida, e não sei se só na minha, ou de todas as mulheres. Que invejo não ser homem e não ter o seu órgão masculino: quando vou ao banheiro publico. Meu deus! Só quem é mulher sabe o sufoco que é ir ao banheiro e não poder sentar no vaso. É quase uma tortura para mim, temos que ficar numa posição que eu acho tão constrangedora e pouco prática que nem irei descrevê-la. Dai na hora de urinar quase nunca o jato sai reto. E acontecem as coisas mais bizarras que se pode acontecer.


Os homens não! Primeiro eles não precisam de banheiro. Eles estão ali... caminhando – pá ! Acham um muro, árvore e deu... abrem a calça. Discretamente e de repente tu nem vê e já estão resolvidos. Imagina uma mulher fazer isso, ficaria com as pernas toda mijada hehehe! Certa vez estava na estrada e tinha que ir desesperadamente ao banheiro, pois tinha tomado uma térmica de chimarrão. Foi uma luta... fizemos quase que um acampamento no meio do mato, no meio da estrada eu ali agachada! Digo é humilhante... tenho nesses momentos sim inveja do pênis alheio!


Tão pratico, resolutivo, simples e sem muita frescura. Pode ser que alguém invente uma engenhoca para solucionar esse problema existencial feminino de não poder urinar de pé. Até lá... a gente vai fazendo o que pode.


Um beijo!

Até semana que vem.

Vanessa Campos

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