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Carnaval histórico em São Leopoldo: Alambique Leopoldense homenageia Lolita Boom Boom e celebra a diversidade na avenida


Alambique Leopoldense - Foto Fábio Moraes
Alambique Leopoldense - Foto Fábio Moraes

Pela primeira vez, uma drag queen foi enredo principal de uma escola de samba na cidade. Com 30 anos de trajetória artística e 25 anos como drag, Lolita Boom Boom foi ovacionada em desfile que celebrou sua luta, arte e ativismo pela diversidade.


Fabiano Biazon, Lolita Boom Boom, Mateus Ahlert  - Foto MUT Brasil Divulgação
Fabiano Biazon, Lolita Boom Boom, Mateus Ahlert - Foto MUT Brasil Divulgação

O Carnaval de São Leopoldo em 2025 ficará para sempre marcado na memória coletiva da cidade. Em um desfile emocionante, a Escola de Samba Alambique Leopoldense prestou uma homenagem inédita à drag queen Lolita Boom Boom, figura icônica da luta LGBTQIA+ no Vale dos Sinos. Pela primeira vez, uma drag foi tema central de uma escola de samba na cidade, e o reconhecimento veio em vida — com direito a aclamação popular, emoção coletiva e um profundo senso de justiça histórica.


Luanna_Isabelly - Foto Fábio Moraes
Luanna_Isabelly - Foto Fábio Moraes

A homenagem celebrou os 30 anos de trajetória de Lolita Boom Boom na arte e na militância, sendo que ela surgiu como drag há 25 anos e, há duas décadas, está à frente da Parada da Diversidade de São Leopoldo, da qual é idealizadora e principal articuladora. Sua atuação vai além dos palcos: ela se tornou referência para diversas gerações e símbolo de resistência, acolhimento e transformação social.

 

Lolita Boom Boom: arte, coragem e impacto social

 

Com sua presença vibrante e discurso afiado, Lolita Boom Boom é uma das maiores representantes da diversidade no Rio Grande do Sul. Desde os anos 1990, Lolita se dedicou à militância cultural e à construção de espaços seguros para a população LGBTQIA+, lutando por visibilidade, respeito e dignidade.

 

Ao longo dos anos, ela levou sua arte para eventos, projetos sociais, escolas e espaços públicos — sempre com o propósito de educar e provocar reflexões. Como idealizadora da Parada de São Leopoldo, ela contribuiu de forma direta para que a cidade se tornasse um polo de expressão e orgulho LGBTQIA+ no estado.

 

Um desfile sem luxo, mas com alma, verdade e representatividade

 

O desfile da Alambique Leopoldense não contou com alegorias grandiosas — e nem precisou. A potência esteve nas pessoas que ocuparam a avenida, entre elas convidades LGBTQIA+ e integrantes das cortes de concursos de beleza da diversidade, formando um verdadeiro cortejo da inclusão.

 

O momento mais marcante foi a entrada do último carro alegórico, onde Lolita Boom Boom surgiu em destaque, emocionada e ovacionada pelo público presente. A avenida se transformou em um grande aplauso, reconhecendo em vida uma figura que há décadas luta pelo que acredita.

 

Um marco para o Carnaval e para a cidade

 

A escolha da Alambique Leopoldense é mais que uma homenagem: é um posicionamento político, cultural e humano. Celebrou-se a arte como forma de existir, resistir e transformar, em um ato de valorização real da diversidade.

 

Lolita, com sua história de coragem e entrega, representa muitas outras vozes silenciadas. Sua presença no desfile é símbolo de um novo tempo, em que a cultura popular reconhece e exalta seus verdadeiros protagonistas.

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